— Minor Spoilers ahead (mas não se preocupe muito, já que escrevi a próxima linha, não sei muito para dar) — 3 episódios dentro não é muito, então vou fazer isso rápido.
A história gira em torno de Jean, esse psicólogo que é casado e tem uma menina trans. Adoro como eles abordam o assunto: “É complicado, mas diabos, acontece.” E depois passa para a história principal: Jean é “effing” louco. Bem, nem por isso. Ela tem problemas de ansiedade e, por alguma razão, começa a entrar nas vidas dos seus pacientes (ou da família, ou o que quer que seja), e realmente não faz sentido (para mim) porque é que ela está a fazer isso, porque não nos é dado muito sobre o seu estado de espírito. Nós só sabemos o que está em sua mente quando ela está pensando em Sidney (Sim, é uma garota, e sim, é bastante gay o que eles têm lá). A tensão sexual segue-se. Além disso, podemos ver o dia-a-dia da Jean. E é bastante aborrecido. Claro, a série tem potencial, mas tenho a sensação de que a etiqueta “Thriller” no IMDb está um pouco (completamente, a partir de agora) desligada. É um melodrama simples e foleiro. Buuuut, eu ainda tenho esperança de que ela vá para o inferno com esta pequena treta que ela está a fazer (interferir com a vida dos pacientes). No entanto, eu gosto quando de repente todos os personagens estão em uma sala com uma arma nas mãos, cada um apontando para o próximo e antes que você perceba, sangue está em toda parte. Esse é o meu tipo de filme (ou série). E é isso que eu espero aqui, então eu sou tendencioso quando se trata de adivinhar um final que não seja terrível. Para aqueles de vocês que não gostam dessa coisa horrível, tensa, clímax, fiquem tranquilos, duvido que aconteça. Estou até começando a esperar por um final feliz (e gay)! Mas dadas as circunstâncias, é um pouco difícil de acreditar que vai correr tão bem.
As sequências de abertura e final são fantásticas (até agora), e mal posso esperar que alguém carregue a banda sonora para o YouTube, para que eu possa ouvi-la e relembrar a série. E de preferência, chore num canto enquanto o faz.
Hmm… o que mais?
Naomi Watts é óptimo como sempre, mas receio que o Billy Crudup não consiga acompanhar. Ele tem esta cara, que por muito zangado que seja, os olhos dele fazem parecer que se está a divertir muito numa festa numa praia das Bahamas. Enquanto está em êxtase. Eu nem sei porque eu pensei (ou escrevi) isso. Enfim, a garotinha é bonita e fantástica. Eu vejo um futuro para ela. Ou não. Você conhece atores infantis. Sophie Cookson e Karl Glusman têm papéis menores, mas mesmo assim conseguem. Os outros personagens sem importância também são ótimos, especialmente a ruiva viciada em comprimidos que não aparece muito. Eu espero grandes coisas dela.
Sobre as coisas técnicas, não há muito a dizer, é bastante simples e pelo livro, e eu não gostaria de te aborrecer com detalhes. Digamos apenas que é bom.
Concluindo, Gypsy dá uma vibração de thriller psicológico, mas não empurra esse aspecto ao longo da série (ou melhor, os 3 episódios que assisti) degradando-se a um simples melodrama (“Devo fazer batota ou devo ir?”). No entanto, é muito intrigante, ao ponto de me tornar incapaz de parar o clássico (já é clássico?) Netflix marathon.
Watch it. Dê tempo ao tempo. E depois vamos ver. Ou não, porque se você parar de assistir, só vou ser eu a vê-lo…