Leucemia linfocítica crônica (CLL) e linfoma linfocítico pequeno (SLL) são frequentemente considerados versões diferentes da mesma doença porque são muito semelhantes. Ambos começam em células B, podem ter crescimento lento (indolentes) e geralmente ocorrem em adultos mais velhos. São diferentes no local onde as células do linfoma são encontradas. Na CLL, as células do linfoma são encontradas principalmente no sangue e na medula óssea. No SLL, as células do linfoma são encontradas principalmente nos linfonodos e no baço.
Algumas vezes CLL/SLL mudam para um tipo de NHL de crescimento rápido (agressivo) (quando isto acontece, é chamado de síndrome de Richter ou uma transformação de Richter). Em casos raros, a CLL/SLL pode transformar-se em leucemia linfocítica de células B (B-PLLL).
Sintomas
Muitas pessoas com CLL/SLL não têm sintomas que causem problemas. Algumas vezes, têm baixa contagem de hemácias (chamada anemia) e baixa contagem de plaquetas (chamada trombocitopenia) porque o sistema imunológico começa a destruir algumas dessas células. O baço e o fígado podem tornar-se maiores que o normal e as células de leucemia/linfoma podem se espalhar para órgãos ou tecidos que não os linfonodos (chamados de disseminação extranodal).
Tratamentos
Os tratamentos oferecidos para CLL/SLL dependem de se a doença está causando algum sintoma ou progredindo. Pode ser-lhe oferecido um ou mais dos seguintes tratamentos:
Espera vigilante
Muitas pessoas com CLL/SLL que não têm sintomas ou problemas podem receber uma espera vigilante (também chamada de vigilância activa). A equipe de saúde irá monitorar cuidadosamente a pessoa com CLL/SLL e iniciar o tratamento quando os sintomas aparecerem ou houver sinais de que a CLL/SLL está progredindo.
Chemoterapia
Chemoterapia pode ser uma opção de tratamento para pessoas com CLL/SLL.
CLL/SLL é frequentemente tratada com uma das seguintes combinações de quimioterápicos:
- CVP – ciclofosfamida (Cytoxan, Procytox), vincristina (Oncovin) e prednisona
- FC – fludarabina e ciclofosfamida
Os seguintes quimioterápicos podem ser administrados isoladamente:
- clorambucil (Leukeran)
- fludarabina (Fludara)
- bendamustina (Treanda)
Bendamustina pode ser usada se a CLL/SLL voltar (recurs).
Esteroides, como prednisona ou dexametasona (Decadron, Dexasone), podem ser usados sozinhos para tratar complicações imunológicas como anemia hemolítica auto-imune ou baixa contagem de plaquetas que se desenvolve em algumas pessoas com CLL/SLL.
Terapia de radiação
Terapia de radiação de feixe externo pode ser uma opção de tratamento para CLL/SLL. Pode ser administrada às partes do corpo que contêm células linfoma, como certos grupos de gânglios linfáticos ou o baço. É utilizada para controlar sintomas que se desenvolvem quando os gânglios linfáticos ou o baço são maiores do que o normal. A radioterapia também pode ser administrada além da quimioterapia.
Terapia orientada
Terapia orientada utiliza medicamentos para visar moléculas específicas (como proteínas) na superfície das células cancerosas. Estas moléculas ajudam a enviar sinais que dizem às células para crescerem ou se dividirem. Ao visar essas moléculas, os medicamentos param o crescimento e a propagação das células cancerosas, limitando o dano às células normais.
Rituximab (Rituxan) é a terapia orientada mais comumente usada para tratar a NHL. É frequentemente usado em combinação com quimioterapia para tratar a CLL/SLL.
Outra terapia direccionada que pode ser oferecida a pessoas com CLL/SLL são o alemtuzumab (Campath), ibrutinib (Imbruvica), obinutuzumab (Gazyva) ou ofatumumab (Arzerra).