Resultado a longo prazo em doentes com traumatismo craniano grave e pupilas dilatadas bilateralmente fixas

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Pessoas com traumatismo craniano grave com pupilas não reactivas dilatadas bilateralmente são consideradas como tendo um prognóstico grave. Assim, o planejamento adequado e o manejo agressivo tornam-se obrigatórios para a obtenção de bons resultados. Apresentamos o resultado de 166 pacientes consecutivos com traumatismo craniano grave, admitidos entre janeiro de 1996 e dezembro de 2000 e analisados retrospectivamente. Todos os pacientes tiveram uma GCS inicial de 8 ou menos e, após ressuscitação, dilataram bilateralmente as pupilas não reativas. Nosso objetivo foi analisar o desfecho a longo prazo nesses pacientes e identificar os outros fatores prognósticos significativos. Dos 166 pacientes, 42 (25,30%) tiveram desfecho funcional (boa recuperação em 10,24%, incapacidade moderada em 15,06%), e 124 (74,69%) tiveram desfecho ruim (morte em 58,43% e incapacidade grave em 16,26% dos casos). Houve 45 pacientes com politraumatismo e 24 desses pacientes (53,33%) sucumbiram às lesões. Obliteração das cisternas basais e contusão foram os achados comuns da tomografia computadorizada. Os fatores que afetaram negativamente a sobrevida incluíram idade do paciente, politraumatismo com choque, GCS inicial de 3 ou 4 e compressão das cisternas basais nas tomografias iniciais. No acompanhamento, a maioria dos pacientes com um resultado funcional mostrou uma melhora significativa em sua função motora, mas continuou com déficits neuro-comportamentais e cognitivos.

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