Sou Feio Porque Sou Negro ou Sou Apenas Feio?

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Como estou me mudando para a idade adulta, estou lutando para deduzir quantas das minhas inseguranças provêm de um lugar de anti-enegrecimento internalizado e quanto disso é apenas insegurança geral. Quero dizer, as adolescentes já são suficientemente inseguras. Adicionar o racismo internalizado à adolescência é uma receita para o desastre.

Passei incontáveis horas me olhando no espelho, chorando porque não conseguia suportar minhas características africanas tradicionalmente mais amplas. Até hoje.

E o mais doentio é que eu sei que não estou sozinho. Isso dói porque acreditar que você é feio ou pouco atraente não é um estado natural de ser. Ou você tem que ser contado por outra pessoa diretamente para cima ou olhar para o seu ambiente e porque você é a anomalia.

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– Pexels
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Não me lembro com que idade comecei a perceber que eu não era considerado bonito pelos padrões da sociedade, eu só sabia intrinsecamente que não era. Como podem as jovens negras e outras jovens de cor sentir-se bonitas quando a ‘beleza’ não se parece nada connosco?

É quase impossível não cair na armadilha da comparação. Significa que você vê outra pessoa que você acha que é bonita, e então você invoca todas as razões pelas quais você não é.

“Meu cabelo não é longo e liso como o dela; eu não devo ser bonita”

“Meu nariz é liso e largo enquanto o dela é longo e estreito: Não sou bonita.”

“Talvez o mais irónico de tudo isto seja que agora está na moda fazer cirurgia plástica para imitar o que eu e tantas outras raparigas negras odiamos em nós há anos. Nada torce mais a faca do auto-ódio do que ver as pessoas que o intimidaram quando criança para seus lábios grandes ou quadris largos correrem para o México para receber injeções de bumbum ou preenchimentos de lábios atrofiados.

E quando roubar aspectos da escuridão vai “fora de tendência”, os implantes podem ser removidos e os preenchimentos de lábios podem ser dissolvidos.

Queria poder embrulhar isto com um simpático “Descolonizei completamente a minha mente, e sou linda apesar de parecer exactamente o oposto do “padrão”, mas infelizmente, ainda não estou lá.

Não sei quando me vou sentir melhor comigo mesma.

Todos têm as suas inseguranças; é uma parte de ser humano. Não sei se alguma vez serei capaz de desaprender a 100% e rejeitar o desgosto genuíno pelas minhas características faciais devido a estar racialmente condicionado para o fazer.

Não sei.

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Solér Bean é um escritor freelance e um estudante universitário sempre exausto. Natural de Las Vegas, ela mora com sua mãe, seu pai, seu irmãozinho e Malcolm – o schnauzer carente. Ela escreve há cinco anos sobre política, várias questões sociais, raça, relacionamentos, encontros e saúde mental. Ela é atualmente uma escritora de topo nas categorias ‘BlackLivesMatter’ e ‘Racism’ em Medium! Siga-a no Twitter e Instagram.

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