Tipos de hipóteses na pesquisa científica (e exemplos)

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Existem diferentes tipos de hipóteses na pesquisa científica. Da hipótese nula, geral ou teórica à hipótese complementar, alternativa ou de trabalho.

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O que é uma hipótese?

Mas o que é exatamente uma hipótese e para que serve? Hipóteses especificam as possíveis características e resultados que podem existir entre certas variáveis a serem estudadas.

Por meio do método científico, um pesquisador deve tentar verificar a validade de sua hipótese inicial (ou principal). Isto é frequentemente referido como a hipótese de trabalho. Em outros momentos, o pesquisador tem várias hipóteses complementares, ou alternativas em mente.

Quando examinamos essas hipóteses de trabalho e alternativas, encontramos três subtipos: hipóteses atribucionais, causais e associativas. As hipóteses gerais ou teóricas servem para estabelecer uma relação (negativa ou positiva) entre as variáveis, enquanto as hipóteses de trabalho e alternativas são aquelas que efetivamente quantificam essa relação.

Por outro lado, a hipótese nula é a que reflete que não há uma ligação apreciável entre as variáveis estudadas. No caso em que as hipóteses de trabalho e hipóteses alternativas não podem ser comprovadas como válidas, a hipótese nula é aceita como correta.

Embora as hipóteses acima sejam consideradas os tipos mais comuns de hipóteses, existem também hipóteses relativas e condicionais. Neste artigo vamos descobrir todos os tipos de hipóteses, e como elas são usadas na pesquisa científica.

Para que servem as hipóteses?

Qualquer estudo científico deve começar com uma ou mais hipóteses a serem confirmadas ou refutadas.

Uma hipótese nada mais é do que uma conjectura que pode ser confirmada, ou não, pelo estudo científico. Em outras palavras, hipóteses são a forma dos cientistas afirmarem o problema, estabelecendo possíveis relações entre as variáveis.

Tipos de hipóteses usados em um estudo científico

Existem vários critérios que podem ser seguidos ao classificar os tipos de hipóteses usadas na ciência.

Hipótese nula

A hipótese nula refere-se ao fato de que não há relação entre as variáveis em investigação. Também é chamada de “hipótese de ausência de relação”, mas não deve ser confundida com uma relação negativa ou inversa. Simplificando, as variáveis estudadas não parecem seguir nenhum padrão particular.

A hipótese nula é aceita se o estudo científico resultar na não observação das hipóteses de trabalho e alternativas.

Exemplo

“Não há relação entre a orientação sexual das pessoas e seu poder aquisitivo”.

Hipóteses gerais ou teóricas

Hipóteses gerais ou teóricas são aquelas que os cientistas estabelecem antes do estudo e conceitualmente, sem quantificar as variáveis.Geralmente, a hipótese teórica surge de processos de generalização através de certas observações preliminares sobre o fenômeno que desejam estudar.

Exemplo

“Quanto maior o nível de escolaridade, maior o salário”.Existem vários subtipos dentro das hipóteses teóricas. As hipóteses de diferença, por exemplo, afirmam que existe uma diferença entre duas variáveis, mas não medem a sua intensidade ou magnitude. Exemplo: “Na faculdade de psicologia há um maior número de estudantes do sexo feminino que de estudantes do sexo masculino”.

Posição de trabalho

A hipótese de trabalho é aquela que serve para tentar demonstrar uma relação específica entre as variáveis através de um estudo científico.Estas hipóteses são verificadas ou refutadas através do método científico, pelo que por vezes são também conhecidas como “hipóteses operacionais”.Geralmente, as hipóteses de trabalho surgem da dedução: a partir de certos princípios gerais, o investigador assume certas características de um caso particular. As hipóteses de trabalho têm vários subtipos: associativa, atributiva e causal.

3.1. Associativa

A hipótese associativa especifica uma relação entre duas variáveis. Neste caso, se sabemos o valor da primeira variável, podemos prever o valor da segunda.

Exemplo

“Há duas vezes mais alunos matriculados no primeiro ano do ensino médio do que no segundo ano do ensino médio”.

3.2. Atributivo

A hipótese atributiva é aquela que é usada para descrever os fatos que ocorrem entre as variáveis. É usado para explicar e descrever fenómenos reais e mensuráveis. Este tipo de hipótese contém apenas uma variável.

Exemplo

“A maioria das pessoas sem-teto tem entre 50 e 64 anos de idade”.

3.3. Causal

A hipótese causal estabelece uma relação entre duas variáveis. Quando uma das duas variáveis aumenta ou diminui, a outra aumenta ou diminui. Portanto, a hipótese causal estabelece uma relação causa-efeito entre as variáveis estudadas. Para identificar uma hipótese causal, deve ser estabelecida uma relação causa-efeito, ou uma relação estatística (ou probabilística). Também é possível verificar esta relação através da refutação de explicações alternativas. Estas hipóteses seguem a premissa: “Se X, então Y”.

Exemplo

“Se um jogador treina 1 hora adicional a cada dia, sua porcentagem de lançamentos bem sucedidos aumenta em 10%”.

Hipóteses alternativas

Alternativas tentam dar uma resposta à mesma pergunta que as hipóteses de trabalho. No entanto, como se pode deduzir do seu nome, a hipótese alternativa explora diferentes relações e explicações. Desta forma é possível investigar diferentes hipóteses durante um único estudo científico.

Outros tipos de hipóteses utilizadas em ciência

Há outros tipos de hipóteses que não são tão comuns, mas que também são utilizadas em diferentes tipos de investigação. Elas são as seguintes.

Hipóteses relativas

As hipóteses relativas registram a influência de duas ou mais variáveis sobre outra variável.

Exemplo

“O efeito da queda do PIB per capita sobre o número de pessoas com planos de pensão privados é menor que o efeito da queda do gasto público sobre a taxa de desnutrição infantil”.

  • Variável 1: queda no PIB
  • Variável 2: queda no gasto público
  • Variável dependente: número de pessoas com planos de pensão privados

Hipóteses condicionais

Hipóteses condicionais são usadas para indicar que uma variável depende do valor de duas outras variáveis. É um tipo de hipótese muito semelhante às hipóteses causais, mas neste caso existem duas variáveis “causa” e apenas uma variável “efeito”.

Exemplo

“Se o jogador recebe um cartão amarelo e também é advertido pelo quarto oficial, ele deve ser excluído do jogo durante 5 minutos”.

  • Causa 1: receber um cartão amarelo
  • Causa 2: ser advertido
  • Efeito: ser excluído do jogo por 5 minutos.Como podemos ver, para que a variável “efeito” ocorra, não apenas uma das duas variáveis “causa” deve ser cumprida, mas ambas.

Outros tipos de hipóteses

Os tipos de hipóteses que explicamos são os mais comumente usados em pesquisas científicas e acadêmicas. Entretanto, elas também podem ser classificadas com base em outros parâmetros.

Hipóteses probabilísticas

Estes tipos de hipóteses indicam que existe uma provável relação entre duas variáveis. Ou seja, a relação é verdadeira na maioria dos casos estudados.

Exemplo

“Se o aluno não passar 10 horas por dia lendo, ele (provavelmente) irá reprovar no curso”.

Hipóteses determinísticas

Hipóteses determinísticas indicam relações entre variáveis que são sempre verdadeiras, sem excepção.

Exemplo

“Se um jogador não usar chuteiras, não poderá jogar na partida”.

“Se um jogador não usar chuteiras, não poderá jogar na partida”.

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