Palestra 4: Teoria Ética do Moinho

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PHI 216: ÉTICA AMBIENTAL

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Palestra Notas

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I. JOHNSTUART MILL

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A. A vida de John Stuart Mill: Viveu de 1806-1873. (Mais bio na classe.)

B. Introdução ao Utilitarismo:

1. Consequencialismo: O que faz uma acção certa são consequências positivas – quanto melhores forem as consequências, melhor será a acção. A ação A é mais correta que B se A tem conseqüências melhores que B.

2. Jeremy Bentham (1748-1832) é considerado o “Pai do Utilitarismo”

C. Teoria Ética do Moinho:

1. O que são ações corretas, e o que é felicidade? As ações são certas na proporção em que tendem a promover a felicidade, erradas como tendem a produzir o oposto da felicidade. Felicidade = prazer pretendido ou ausência de dor; Infelicidade = dor e privação do prazer.

2. Qualidade do prazer: De acordo com Mill, existem prazeres básicos (por exemplo, prazeres corporais, sexo, drogas e festas), e prazeres nobres (por exemplo, escrever papeis de Kant, prazeres intelectuais, apreciar música, arte e filosofia). “De dois prazeres, se houver um ao qual todos ou quase todos os que têm experiência de ambos dão uma preferência decidida, independentemente de qualquer sentimento de obrigação moral de preferi-lo, esse é o prazer mais desejável”

3. Os prazeres nobres são mais morais do que os prazeres básicos.

4. Generaldefinição do Utilitarismo: Uma acção A é moralmente admissível se e só se nenhuma alternativa a A produzir uma maior felicidade para a população afectada. Princípio da Maior Felicidade do Moinho: O padrão utilitário é a maior quantidade de felicidade ao todo, NÃO a maior felicidade do próprio agente.

5. Agir Utilitarismo: Essa ação é correta, que maximiza a felicidade da população afetada. De acordo com o Acto Utilitarismo, devemos avaliar cada acção individual directamente, avaliando as suas consequências particulares para maximizar a felicidade.

i. Delinear caminhos alternativos de acção e listar todos os afectados pela acção.

ii. Tente prever (seja perguntando diretamente a alguém ou usando sua imaginação moral) as conseqüências para todos (individuais ou em grupo) envolvidos, para cada ação.

iii. Avalie as consequências, pesando quanto prazer ou dor cada pessoa experimentará para cada ação, e então:

iv. Faça aquela ação que maximiza a felicidade (ou minimiza a infelicidade) para as pessoas afetadas pela ação. (Ver quadro abaixo.)

Resultado: Mais prazer resulta de fazer a ação; portanto, devemos fazer a ação.

7. Regra Utilitarismo: Essa acção é correcta, baseada numa regra que maximiza a felicidade da população afectada. De acordo com a Regra Utilitarista, devemos avaliar as regras relacionadas às ações, ou tipos de ações, e olhar para essas conseqüências.

a. Por exemplo, a manutenção da promessa em geral é uma boa regra que maximiza a felicidade (mas veja o exemplo complexo abaixo).

b. Uma vez estabelecida a regra apropriada, você age de acordo com ela. A regra Utilitarismo evita a objeção, “Nós não temos tempo suficiente”!

c. NOTA: Mill realmente não diz decididamente se ele é um Utilitarista de Regra ou um Utilitarista de Acto!

8. Dois Exemplos de Utilitarismo de Regra:

Exemplo 1: O Exemplo Simples: Eu fiz uma promessa de encontrar um amigo que está no seu leito de morte; devo cumprir a minha promessa? Siga estes passos:

i. Pense na NINDA ou tipo de acção que a acção é.

ii. Pondere regras diferentes, considerando se elas maximizam a felicidade (ou minimizam a infelicidade) em geral.

iii. Faça essa ação baseada numa regra que maximiza a felicidade (ou minimiza a infelicidade) em geral (não necessariamente para esta ação agora).

Esta ação envolve o cumprimento de promessas, e a regra de cumprir promessas em geral maximiza a felicidade.

Resultado: Uma vez que a regra de cumprir promessas EM GERAL maximiza a felicidade, eu devo cumprir a minha promessa.

Exemplo 2: O Exemplo Complexo: Eu fiz uma promessa de encontrar um amigo que está no seu leito de morte; no meu caminho para conhecê-lo, encontro uma mulher que está ferida (mas curável) e precisa da minha ajuda (ninguém mais está por perto). Devo manter minha promessa?

Essas ações envolvem ou manter a promessa ou ajudar os outros, e tanto manter a promessa como ajudar os outros a maximizar a felicidade em geral. Então parece (embora não seja totalmente claro!) que nos é permitido escolher qualquer uma das regras e fazer qualquer uma das ações.

Resultado: EITHER(!): Como ajudar a mulher é uma questão imediata de vida ou morte, e a regra de ajudar os outros maximiza a felicidade EM GERAL, eu deveria ajudar a mulher. OU: Poder-se-ia argumentar que a regra de cumprir promessas maximiza a felicidade, e manter a sua promessa.

D. Avaliação da visão da Mill:

A favor:

1. Intuitivo em geral: Utilitarismo liga felicidade com moralidade.

3. Imparcial, justo, e promove harmonia social.

4. Senso comum – dor é mau, prazer é bom.

5. Flexível e sensível às circunstâncias.

Against:

1. Responsabilidade Negativa: Segundo o Utilitarismo, você é moralmente responsável por:

a. As coisas que você não fez mas poderia ter feito para maximizar a felicidade; e

b. As coisas que você poderia ter impedido outros de fazer isso diminuem a felicidade geral; assim como para:

c. O que você realmente faz para maximizar/aumentar a felicidade.

2. A falta de integridade do Agente Moral.

3. Pode suportar o que de outra forma poderia ser considerado intuitivamente práticas moralmente inaceitáveis, se elas maximizam a felicidade.

4. Aja Utilitarismo pode exigir que cometamos atos moralmente condenáveis:

a. Prisioneiros de Guerra exemplo.

b. Exemplo de grupo terrorista.

c. Exemplo de Professor Rotten: Suponhamos que há um professor realmente horrível, mau, que não tem parentes vivos (ou se ele tem, todos eles não gostam dele!) e que por acaso é muito saudável! Suponha que você seja o médico dele que sabe que há 5 pessoas à procura de órgãos – duas têm um rim falho, uma tem coração, uma tem fígado, e uma precisa de algumas córneas. A questão é, se ninguém souber, você deveria matar o professor para doar os órgãos para transplantes? Haveria felicidade criada por cada doador e sua família e amigos, mais os alunos do professor podre! Portanto, o Utilitarismo diz que devemos matar o professor podre.

5. O Utilitarismo de Regra é (a) arbitrário (ou seja, eu posso escolher qualquer ação que eu gostaria de fazer baseado em uma regra que maximiza a felicidade – eu posso mentir para salvar vidas inocentes ou não mentir porque fazer ou maximiza a felicidade – veja “Exemplo complexo” acima), ou (b) O Utilitarismo de Regra cai no Utilitarismo de Ato (ou seja.., Escolho a acção que maximiza a felicidade nesta situação), por isso a Regra Utilitarismo é efectivamente inútil como teoria.

Utilitarismo responde?

1. Regra Utilitarismo: Os direitos das minorias em geral maximizam a felicidade.

2. O utilitarismo ainda suporta muitas intuições sobre o certo e o errado.

3. Ainda há filósofos que são utilitaristas, por isso o utilitarismo ainda hoje se acredita.

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